segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Eu ainda me lembro do teu cheiro.

E é com essa frase que começo o texto de hoje.

E há 5 (cinco) anos lembro bem, sinto bem e ainda existe a saudade.

Foram cinco anos que mais pareceram meses, que pareceram dias ou horas, que crescemos, aprendemos, vivemos de uma forma tão intensa que é impossível conseguir explicar.
Foi a época que estávamos com quarenta e cinco, quarenta e três, dezenove, quinze e treze anos, respectivamente e todo esse tempo passou que só nos fez crescer.

Quis deixar registrado aqui um luto que se transformou em nostalgia e saudade, luto que hoje é um sentimento que nos faz lembrar. Não lembro de sofrer mais, lembro dos momentos bons, daqueles que vivemos juntas, da risada, do perfume, do delineador, do cheiro, da simplicidade e da alegria.

Todos dizem que nada somos sem mãe, e eu digo: somos. Somos sobreviventes da vida, somos os que venceram a dor e aprenderam a viver, somos aqueles que vieram a superfície atrás de algo em que pudessem se segurar, algo que descobrimos ser chamado de PAI.

E então gente, foi aí que tudo mudou. Nesses cinco anos vivemos um momento de conhecimento, de amor, de compaixão, de carinho e de AMIZADE. E mais um ano começa, com essa data logo de cara. Dia 13 de Janeiro, o último dia.

O dia nunca esquecido, o telefonema, o chá de camomila na madrugada, a esperança, a fé, o choro, o riso, as brincadeiras, a família e a força que quatro pessoas podem ter atrás de um único objetivo.

Digo hoje que sei que talvez nada mude, mas sei mais ainda que eu mudei e vi as pessoas que são os "pés do meu banquinho" segurarem tão firme quanto rocha quando perdemos um de nossos pilares. Vi aqueles que eu nunca imaginei estenderem a mão e serem gentis ao luto e ao sofrimento, mas vi principalmente aqueles que sofreram junto e na hora certa soltaram o banco da nossa bicicleta e nos deixaram pedalar sozinhos. O meu obrigada a estes cinco anos mostrando o real significado de FAMÍLIA.

Sei que é chato ficar lendo esses textos, mas é sempre confortante por pra fora aquilo que fica trancado, o "obrigada" que muitas vezes não conseguimos expressar.

Acho que nesses cinco anos, primeiro devemos AGRADECER por termos tantas pessoas boas por perto, mas principalmente (opinião minha), gostaria de dizer que ainda sinto saudade, ainda sinto um aperto no peito, às vezes ainda tenho vontade de chorar, tenho vontade de correr lá sacudir e pedir que Deus traga de volta. Assim como tenho vontade de não fazer nada e deixar a vida seguir seu destino.

É uma confusão de sentimentos que só quem vive consegue expressar. É o nó na garganta mas a vontade de seguir em frente sempre, é a vontade de chorar no cantinho mas ao mesmo tempo uma força arrebatadora para agradecer por ter crescido tanto.

Enfim é um obrigado cheio de saudade.

E fica aqui o meu: mãe, ainda sinto a tua falta.

Te amo.