sábado, 31 de março de 2012

Same Mistake - James Blunt

So while I'm turning in my sheets
Então, enquanto me reviro nos lençóis
And once again, I cannot sleep
E mais uma vez não consigo dormir
Walk out the door and up the street
Saio porta fora e subo a rua
Look at the stars
Olho as estrelas
Look at the stars, falling down,
Olho as estrelas caindo,
And I wonder where, did I go wrong
E eu me pergunto onde foi que eu errei.

Momento Vinicius de Moraes - Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vazio de Vinícius de Moraes

A noite é como um olhar longo e claro de mulher. 
Sinto-me só. 
Em todas as coisas que me rodeiam 
Há um desconhecimento completo da minha infelicidade. 
A noite alta me espia pela janela 
E eu, desamparado de tudo, desamparado de mim próprio 
Olho as coisas em torno 
Com um desconhecimento completo das coisas que me rodeiam. 
Vago em mim mesmo, sozinho, perdido 
Tudo é deserto, minha alma é vazia 
E tem o silêncio grave dos templos abandonados. 
Eu espio a noite pela janela 
Ela tem a quietação maravilhosa do êxtase. 
Mas os gatos embaixo me acordam gritando luxúrias 
E eu penso que amanhã… 
Mas a gata vê na rua um gato preto e grande 
E foge do gato cinzento. 
Eu espio a noite maravilhosa 
Estranha como um olhar de carne. 
Vejo na grade o gato cinzento olhando os amores da gata e do gato preto 
Perco-me por momentos em antigas aventuras 
E volto à alma vazia e silenciosa que não acorda mais 
Nem à noite clara e longa como um olhar de mulher 
Nem aos gritos luxuriosos dos gatos se amando na rua.




quarta-feira, 28 de março de 2012

Velha Adolescência

Fui a primeira a chegar na sala de aula, hoje. Abri as janelas, como de costume, escolhi o melhor lugar, visto que todos estavam vazios. Sentei perto da janela, gosto de - agora - poder sentir o geladinho da noite entrando.

Avisto o suporte para o giz que o professor irá usar, e o mesmo está lotado. De todas as cores, tamanhos, tudo.
Lembrei, quase que automaticamente, do colégio.

Bons tempos do colégio, mais precisamente, do Ensino Médio. Melhor fase, melhores anos, melhores colegas.

E é nessa época mesmo que eu quero chegar, quando encontrar um giz no suporte do professor é coisa rara, quase que impossível. Mas, o que eles não sabem é que quando somos chamados a completar aqueles infames exercícios, acabamos por "pegar" algum pedaço de giz que sobre, para nós.

Então, a festa está feita. Temos giz para o intervalo e daquele pedacinho que conseguimos resgatar, pintamos o quadro inteiro, com frases, com nomes, com desenhos, com símbolos e é mais um recreio eternizado por todos conseguirem escrever em um pedacinho do quadro. Que demais.

Textinho de nostalgia, que trouxe pra vocês por que vi aquele suporte de giz lotado.

terça-feira, 27 de março de 2012

Um pouquinho de "normalidade"

E quando eu acho que as coisas estão se encaminhando para o "normal", alguma coisa acontece ou alguém aparece ou surge alguma dúvida e acaba com todos os meus planos de paz e vida light.

Eu não posso me dar o luxo de viver sem o coração palpitar a ponto de quase sair pela boca, não consigo ficar sem um deja vu constante de coisas que acontecem no meu dia, impossível esquecer do nó no estômago.

Se for assim, não sou eu!

Mas Deus, só queria um pouquinho de normalidade, algo simples e concreto, não superficial, muito menos carnal. Só leve.

Isso não existe pra mim, ou estou cercada por amores sufocantes ou acabo com superficialidades. Até quando? Até que ponto eu SÓ atraio esse tipo de gente.

Tudo bem, já desisti dos meus príncipes encantados, contos de fadas e tudo mais. Mas queria algo normal, simples, singelo, modesto. Nada muito enfeitado. Deve estar querendo demais.

Desculpem aí.

sábado, 24 de março de 2012

Agora é tarde demais pra voltar [...]

E diz a música:

"Escolhemos dois destinos DIFERENTES pra nós dois"

Sendo que nossos destinos poderiam ser iguais, mas a escolha foi essa. Já foi feita, decidida. A música continua e diz: "Agora é tarde demais pra voltar". Que de fato é. Tarde demais.

O dia que irá se arrepender, e sei que vai, aí sim será tarde demais.
Entreguei minha vida, meu coração e minha dignidade em uma bandeja e o que recebi em troca? Desprezo.
Não será esquecido.

Pode ter mudado toda tua vida, pode ter te tornado outra pessoa, completamente diferente, porém certa dentro dos parâmetros que tu julga os corretos, mas eu sempre fui a mesma, mudei por que a vida impôs certas mudanças, não foi por que eu quis. E é o que mais me dói, se eu pudesse escolher não teria mudado. Mas tu escolheu, mudou por que quis.

Hoje sei que não temos mais nada em comum, jamais daríamos certo novamente, e peço, que possamos arquivar o que passou, guardar boas lembranças e nos afastarmos um do outro, para o bem de todos, mas principalmente para o bom andamento da minha vida.

Grata desde já.

terça-feira, 20 de março de 2012

Afeto.

Hoje me peguei em conflito. Sabe quando algo ruim acontece, ou tu te machuca, por alguma razão!? Hoje passei por isso, queimei todo o dorso da minha mão esquerda, e GERALMENTE, quando estamos em apuros recorremos a quem????

- MANHÊ!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E então, me vi perdida, com a mão queimada embaixo da água fria da torneira, sem ter pra quem gritar, pensei: preciso ser forte numa hora dessas, estou sozinha em casa e não tenho pra quem gritar.
Menos de 5 minutos após o "acidente" ouço o barulho da chave na porta. Meu salvador! Meu pai.

Abriu a porta e eu corri: - Pai, queimei minha mão! (com os olhos secos e a fortaleza de um Deus), e então, ele na sua bondade olhou pra mim com os olhos caídos e perguntou: - Filha, como fizeste isso? Está doendo?

E sem pestanejar, me entreguei a dor. Deixei fluir aquele sentimento que se tem quando criança, aquele grito que estava engasgado, aquela vontade de chorar sem parar, de dizer o quando estava doendo e o quanto estava me sentindo desprotegida.

Fiz tudo isso. Chorei! Chorei a plenos pulmões, pois havia chegado quem me salvaria da dor.

A tarde, minha mão não tinha parado de doer, ainda, então pensei: "que lugar melhor para melhor que não na cama do pai?" e foi lá, no aconchego que aquele lugar demonstra, que me rendi, que deixei doer, que me deixei ser criança, ser filha.

domingo, 18 de março de 2012

Ela lembrou

Daí ela se lembrou de como é ser forte. Ela enxugou suas lágrimas e sorriu. Sim, sorriu, porque ela sabe que algo melhor está por vir. Ela sabe.
Tati Bernardi  

quinta-feira, 15 de março de 2012

Sobre pseudo-fãs

Esses dias, me peguei pensando sobre fanatismo musical. Talvez eu seja a pessoa ideal para falar sobre isso, sou daquelas que chora, que se emociona, que está junto na boa e na ruim.


Então pergunto, existem só fãs assim? Na verdade, o que significa fã?


" (do inglêsfan [fæn], de fanatic „Fanático“) é uma pessoa dedicada a expressar sua admiração por uma pessoa famosa, grupo, idéia, esporte ou mesmo um objeto inanimado."


Aí que entra a minha duvida. Eu sou fã. Fã de verdade, daquelas que chora quando a banda entra no palco, que canta todas as músicas com o coração, que sabe a história da banda, que gostava deles mesmo quando ninguém sabia quem eram, e até mesmo no momento em que desapareceram, depois que um súbito sucesso.


Eu, navegando pela internet, encontro a seguinte frase:


"Todas as músicas dos Los Hermanos são boas, mas não venham me dizer que gostam de Anna Júlia."


MEU DEEEEEUS, o que é Los Hermanos sem Anna Júlia? Eles podem até ter declarado que foi a pior música da carreira deles, porém, para infelicidade geral da nação, foi com essa música que eles ficaram, de fato, conhecidos. Então, queridos fãs de Los Hermanos que renegam as origens da "banda favorita" de vocês, aceitem a realidade de que, esta música É Los Hermanos, sem mais nem menos.


Eu sei que a minha comparação poder ser infeliz, mas não posso usar exemplos que eu não conheça. Digo isso por que, a Reação em Cadeia, teve o ápice do seu sucesso com a música "Me Odeie", e é uma das músicas mais fracas deles, porém, eu sei do valor dessa música. Isso, é ser fã ;) É gostar mesmo que todo mundo odeie.


Desculpem se eu fui um pouco rude, mas me irrita isso sabe? As pessoas nem conhecem as bandas e se julgam fãs, são fãs só por que vão no show? Ir no show todo mundo pode ir, posso ir no show do Michel Teló e não ser fã dele.


Gente, acalmem a periquita aí, sei que é legal se achar cool e descolados, eu até mesmo indies, mas só colocar publicações no facebook e no twitter sobre a banda do momento, não faz de vocês mais fãs.


Olha, vocês podem até pensar: "tu nem tem moral pra falar nada, gosta só dessa bandinha aí", maaaas, antes gostar só dessa "bandinha" e de fato ser fã, do que gostar de tudo que tá na modinha e assim que a poeira - Los Hermanos, Mallu Magalhães, Alpargatas, Indie Rock e muitos outros - baixar, colocarem o rabinho entre as patas e começar um novo estilo de vida, da próxima moda que vier.


Queridos, P-E-R-S-O-N-A-L-I-D-A-D-E é a palavra. Não é por que A, B ou C gosta que vocês têm tudo que ir atrás, gente, sejam vocês mesmos, mesmo que ninguém seja assim. É tão bom.


Ah, detalhe, até gosto de Los Hermanos, gosto de Anna Júlia até por que não sou fã deles, entenderam? haha, quero dizer que a minha implicância não é pessoal com os Los Hermanos, mas com todos os semelhantes que agora eu não lembro.


Só um desabafo de uma fã de verdade; 

sexta-feira, 9 de março de 2012

(in)feliz dia da mulher

Eu sei, eu sei, que o dia da mulher foi ontem, mas só hoje achei um tempinho pra atualizar aqui.

Então, ontem, Dia Internacional da Mulher, que lindo né? O Facebook repleto de fotos de flores, de carinho, de atenção, textos dizendo o quanto as mulher são especiais e queridas e tudo. E hoje? Hoje nada. Nenhum recadinho sequer, daqueles que ontem AMAVAM muito as mulheres. Hoje tudo voltou ao normal. Que beleza de dia da mulher, hã?

Só pra constar aqui que eu acho estúpido estipular "um" dia para as mulheres, nem feriado é! Se fosse tão importante assim, mulher não poderia trabalhar, os salões de beleza estaria um 70% de desconto, os homens iriam abrir a porta do carro, e os motéis com preços baixíssimos. Mas, nada disso acontece, é um dia como qualquer outro e as mulheres seguem suas vidas iguais a todos os dias, sem nenhum tipo de "regalia". Dar flores uma vez por ano não é um gesto de gratidão, combinado homens/meninos? Lembrar que tem uma mulher dentro de casa apenas no dia 08 de março não vale. E hoje, 09 de março? O que vocês estão fazendo pelas mulheres de vocês??? Ao menos levaram elas para jantar ontem? Ou nada mudou?

Só um desabafo de alguém que ganhou um bombom do DCE da faculdade e um singelo: "parabéns pelo dia de vocês" do meu pai. E nada foi diferente na minha vida. Eu dirigi sozinha até a faculdade, eu almocei, jantei, ouvi música, ri, bati papo e só. Não teve nada de grandioso no meu dia, digno de ser dito: MEU DEUS, HOJE SIM É O DIA DA MULHER.

Por mim, não teria "dia da mulher" e sim "dias da mulher", todos.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Quando a paixão acaba.

E foi então, que passeando pelo blog Casal Sem Vergonha, encontrei o melhor texto que poderia falar sobre o FIM. Super indico o site deles, tem outros textos MARAVILHOSOS.

Se tem algo mais difícil do que terminar um relacionamento, é terminar um relacionamento com quem se ama porque a paixão acabou. E isso acontece mais do que você possa imaginar. De repente, você olha para aquela pessoa linda ao seu lado, aquela que te ajudou tanto, que te acompanhou em boas risadas e que ficou do lado nos choros mais doídos - mas nada mais vibra por dentro. Você até tenta, mas seus olhos, apáticos, se recusam a brilhar como já brilharam tantas vezes. O sexo de repente passou a ficar tão morno, que dormir juntinho passa a ser quase sempre uma opção mais interessante. As discussões antes de casal, agora passam a ser como implicância de irmãos. Alguma coisa mudou nesse amor.
A situação de ter que dizer na lata do outro que você simplesmente se desapaixonou, é tão dura que tem gente que preferiria mil vezes ter sido traído para ter um motivo real para terminar. Tem gente que tem tanto medo de enfrentar esse momento, que se recusa a tomar atitude e vai levando o namoro nas coxas, até que o outro diga a tão doída frase: Não te quero mais. Funciona assim como o funcionário que quer ser mandado embora e avacalha no trabalho. Mas o que nem sempre é fácil de se lembrar, é que o primeiro e o último amor é o amor próprio. E quem se ama sabe que precisa buscar ao máximo o estado da paixão – porque ela dá brilho na vida.
Tem gente que diz que é impossível estar apaixonado todos os dias. Eu discordo. O real observador da vida, é um eterno apaixonado por ela. É como morar de frente para o mar e não contemplá-lo todos os dias – você fica automaticamente tão grato pelo privilégio de estar perto de suas águas todos os dias, que sente quase uma necessidade vital de agradecer. É assim que temos que ver a pessoa com a qual escolhemos caminhar ao lado. Porque se for pra ficar com um amor mais-ou-menos, daqueles melhor-isso-do-que-nada, melhor ficar sozinho. Se dentre um universo de pessoas você escolheu aquela para dar as mãos, que ela seja tão especial que você, toda noite, ao fazer carinho na cabeça dela antes de dormir, pense – Obrigado por esse privilégio. Escolher abrir mão disso, é escolher viver uma vida opaca.
Por isso, cuide do seu amor para que consiga se re-apaixonar todos os dias, ou deixe-o ir na hora em que o encantamento se for. Seguir com um relacionamento opaco só vai fazer com que você leve essa falta de brilho para outras áreas da sua vida, e que deixe de abrir portas que poderiam te fazer cair apaixonado de novo. Em nome do respeito que devemos a alguém que nos acompanhou em uma fase da vida, precisamos saber deixar ir. O verdadeiro amor se mede na renúncia – você entende que ama aquele ser quando sabe a hora de deixá-lo para que ele seja mais feliz. Assim, você permite que páginas sejam viradas e que novas histórias surjam.
Tem sempre aqueles pessimistas que insistem em afirmar que é impossível viver anos com alguém e ainda manter a paixão – não acredite neles. Acredite que a paixão se renova, se recicla, se transforma. Mas que não precisa se apagar. Vai ter sempre alguém pra tentar de fazer ver o lado ruim da vida, mas fortes são os que, apesar de tudo, ainda enxergam as coisas boas – e são gratos por elas. Vai ter sempre alguém que vai olhar aquele sol alaranjado tingindo o céu se pondo, e vai reclamar que o brilho cega seus olhos. Mas pra esses, não adianta explicar mesmo. São poucos os que entendem a importância das sincronicidades da vida.

terça-feira, 6 de março de 2012

Assim sem fim [...]

"
E era para tudo ter terminado conforme manda o figurino: adeus, tchau, até nunca mais. Sumir.

Mas nada disso aconteceu, e aí eles começaram com uma sequencia quase que infindável de erros, que talvez fossem sem volta. Promessas de amizade, de carinho, de companheirismo. Talvez por que viveram momentos únicos, inesquecíveis. Momentos, estes, que jamais conseguiram ser apagados da memória, lágrimas e risadas na mesma hora? Impossível que eles achem alguém que consiga retribuir todo o amor que um viveu pelo outro.

Mas como todo o fim de relação, eles erraram, e feio. Os dois. Quando se vem de uma relação perfeita, de alguns anos, é praticamente impossível sustentar uma amizade firme e forte, ainda mais quando se tem outros conhecidos em questão.

Erraram ao tentar manter uma imagem que eles não conseguiriam suportar, erraram por querer provar para os outros não para eles, erraram tentando mostrar que eles sim conseguiam manter uma "amizade" pós relacionamento, que é digna de inveja.

Ah, a inveja. Pobre casal, que pagou pela inveja alheia praticamente todo o momento em que estiveram juntos. E quando resolveram se separar? O que mais iria rodear os dois que não a inveja? A fofoca? E mais uma vez erraram, ao ouvir coisas que em outros tempos jamais dariam atenção.

Ela mudou, pra melhor, pra pior, talvez um pouco de cada. Ele mudou, hoje vive algo que ela jamais imaginou que ele fosse viver. E ambos continuam errando, tentando manter para eles - e para os outros - aquela mesma imagem quando se tinha, quando a relação ainda era "fresca", "nova", que eles tinham tudo em comum - ainda - e que julgavam se conhecer como ninguém, e eles vem tentando isso hoje, ainda.

Anos se passaram, e infelizmente, eles não perderam o contato, o que no caso, teria sido tão mais fácil. Se esquece, abandona lembranças, convivências e a vida segue adiante. Hoje, ainda querem ser amigos, mas não existe mais amizade, não existe mais amor, não existe mais cumplicidade. Eles nem mesmo se conhecem, como podem se amar ainda, como podem querer serem amigos?

Promessas foram feitas, que é óbvio não serão cumpridas. Na época, eles eram muito jovens, praticamente crianças, descobrindo uma vida juntos, um futuro juntos, mas um futuro mágico, onde não tem responsabilidade, não se tem estabilidade, nada. São só eles, e isso era o que importava.

Hoje, tudo mudou, a independência mudou, a estabilidade é maior, os rostos são diferentes, o corpo não é o mesmo de anos atrás, mas principalmente, a cabeça é outra, é diferente, cresceu junto, amadureceu junto e melhor, se machucou junto.

E mesmo que tenha mudado, vive nela ainda, a velha mania de tentar decidir pelos outros, ou melhor, pelo OUTRO. E então acha que nunca mais serão os mesmos, que não existirá mais a possibilidade de dar certo, como quando planejaram, lá no fim. Só que ela não sabe o que acontece, com ele. E talvez nunca vá saber. Na verdade, pode ser que ela viva sem saber, e quando souber, será tarde demais.

"

O por que o título da postagem? Totalmente autoexplicativo: "Assim sem fim" mesmo.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Nosso elo eterno.


Nosso dia tá marcado, dia 24 de março de 2012, vai ficar conhecido como o dia em que "oficializamos" o nosso elo de madrinha e afilhada. Aquele que é o mais gostoso de todos.

A dinda sendo aquela segunda mãe, que está sempre presente, mas horas boas e ruins, que aperta, que dá carinho, que cuida, que briga e que dá bronca também.

Luize, minha princesa, assim como faço com a tua mana, vou participar de todos os momentos, serei dinda, serei amiga, serei mãe se preciso for.

Estarei sempre por aqui, sempre te cuidando e zelando para que só aconteçam coisas boas contigo e com a Gabi.

Porém, a minha ligação contigo é diferente, sabe coisa de alma? De outro mundo? De Deus, só pode. O dia que eu recebi uma mensagem da tua mãe, dizendo que era tu que tava lá, crescendo dentro da barriga dela e que logo estaria por aí, eu me apaixonei, naquela hora já. Sem ver teu rostinho, sem saber como seria nem nada, me apaixonei por ti dentro da barriga da tua mãe.

Mas, vem de antes nós duas, vem de quando tua mãe me convidou pra ser dinda da Gabi, mas que eu iria batizar mesmo o próximo. E a honra só crescia.

Participei do que pude da tua gestação, estando algumas vezes ausente, mas sempre com o pensamento em ti.

E hoje, que sei que daqui duas semanas, nós estaremos lá, no altar, eu te segurando no meu colo e finalmente oficializando esse elo tão lindo que só nós teremos, não vou conter a emoção.

É aquela ligação que fica pro resto da vida, pra sempre.

E te prometo, Luize, que tu vai amar a dinda que a tua mãe escolheu pra ti, por que pra mim, só falta Deus abençoar mesmo, por que de resto, sou 110% tua dinda.

Te amo minha boneca, pra sempre,

Beijos, da dinda Ana.

sábado, 3 de março de 2012

Quando a gente se encontrar de novo ...

Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim”.
Caio Fernando de Abreu

Melhor interromper o processo em meio [...]

Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em você. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos… Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende? Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido. Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo. Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.… E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura. 


Autor Desconhecido - encontrado em um tumblr.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Me dê motivos pra te odiar.

Eu sei admitir meu erro, sei pedir perdão, sei ver quais partes eu errei e baixar a cabeça e pedir desculpas. Sei ser humilde, sei ser honesta, sei ser transparente. Mas em nenhum momento deixei ser usada, ser feita de idiota.

Preciso que tu me dê apenas um motivo para me arrepender de tudo que eu fiz a favor de nós. Um motivo somente. E nunca mais seremos os mesmos. Nunca mais teremos chance.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Fuga.

E no salão a música soa mais alto que nossos pensamentos e nós seguimos na dança que nos permite escapar um do outro.

I don’t care por Tati Bernardi

Desisti. E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. (…) Vou nos lugares, vejo a opinião de todo mundo, coisas que acho deprê, outras que quero somar, mas as deixo lá. Deixo tudo lá. Não mexo em nada. Não quero. Odeio as frases em inglês, mas o tempo todo penso “I don’t care”. Caguei. Foda-se. (…) Me nego a brigar. Pra quê? Passei uma vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito. Amor só é amor se for assim. Sotaque tem que ser assim. Comer tem que ser assim. Dirigir, trabalhar, dormir, respirar. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Algo entre uma santa e uma pilantra. Desde que no controle e irritada. Agora, não quero mais nada. De verdade. (…) Não quero arrumar, tentar, me vingar, não quero segunda chance, não quero ganhar, não quero vencer, não quero a última palavra, a explicação, a mudança, a luta, o jeito. (…) Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Mas tudo meio que por osmose. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma. Só não sou uma suicida em potencial porque ser fria me causa alguma curiosidade. O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir e cagar pra ele. Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. O trator da felicidade. Atropelei o mundo e eu mesma. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Ninguém dá conta e… Quer saber? Nem eu. Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo. Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância. Quase um alivio. I don’t care.”
Tati Bernardi