quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Atualizações.

Então, faltam 10 dias para o dia da virada! E eu aqui, pensando na vida e voltando do trabalho com os olhos cheios d'água ouvindo músicas que me entristecem, mas não é por querer, mas sim por que fico pesando o que aconteceu e o que deixou de acontecer neste ano que passou.

Lembro o que eu fiz de certo e o que errei, e peso pra ver qual aconteceu mais.

Hoje não sei, e talvez nem estou com vontade de contar tudo isso.

Espero apenas, que 2012 venha e não me decepcione!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Melhor mês do ano de 2011.

Se eu pudesse escolher um mês pra dizer: esse foi o mais foda, o que mais aconteceu coisas.
Este mês seria Outubro.

Passo o ano todo esperando por ele, por ser o meu aniversário e tal;
E então de 07 de OUTUBRO, perco a minha vó Elga.
E dia 10 de OUTUBRO faço 22 anos.
E em 24 de OUTUBRO nasce a minha afilhada, que eu esperei tanto quanto se espera um filho.

Impossível não ser o mês mais marcante na minha vida.
Nem bem tinha me recuperado de uma perda, veio uma grande alegria pra compensar.

Louco não?

Agora falta muito pouco pra acabar o ano de vez e então eu irei na beira da praia e vou pedir pra Deus e pra Iemanjá que 2012 não me decepcione, por que que ele me surpreenda, eu não espero mesmo.

Fiquem com Deus, só atualizando ;)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A verdade que nunca foi dita!

Sabe que se um dia, Deus chegasse pra mim e dissesse: "Ana, toda essa lista, que estou te entregando em mãos, vai acontecer contigo um dia.. Prepara-se".
Eu ia rir e não ia acreditar!
Mas, infelizmente, ele não chegou com essa querida listinha e não me antecipou nada, simplesmente chegou chegando e foi devastando tudo que eu estava tentando construir.
Em meados de 2008, entrei na faculdade, que eu sempre quis, estava fazendo Administração, com a ideia de futuramente ingressar na Industria Farmaceutica, já tinha tirado minha carteira de motorista. Poderia dizer que estava 110% realizada com tudo que estava acontecendo comigo. Além disso, estava num relacionamento estável, sem altos e baixos e muito bom, por sinal.

Pode dizer que é a vida que todo mundo pediu! E foi então que tudo começou:
Janeiro de 2009, a mãe precisava fazer uma cirurgia, pra ser mais exata, uma cirurgia na tireoide, e foi, pra nunca mais voltar! Acontece, que ela não morreu, digamos que ela está em "coma" até hoje e sabe-se lá por quanto tempo mais.
Se já não fosse o suficiente, tranquei a faculdade por falta de ânimo para continuar, fiquei um semestre parada para então acreditar que tinha nascido com o dom de ser professora.

Nesse meio tempo, já tinha mudado completamente, meu jeito de ser, de agir e principalmente, fisicamente. O mental nem era meu maior problema, mas me transformei num monstro, não tinha vontade de sair de casa, e fazia com que meu namorado me aguentasse nessa situação.

Então, resolvi começar a pensar nos outros e comecei pelo meu namorado, imaginava que no lugar dele, se eu aguentaria alguém com eu ao meu lado, e cheguei a conclusão que NÃO, nenhum ser humano com sentimentos merecia isso. E decidi, por mim mesma, terminar nosso relacionamento, usando esta justificativa: que eu sabia o quanto eu era um peso pra ele e que achei melhor terminar para não continuar atrasando a vida dele".

E em que momento, em sã consciência, eu achei que poderia pensar e agir pelos outros? E foi então que começou uma cadeia de acontecimentos catástroficos.
Consegui aguentar um mês até que reatamos, com promessas que nunca se cumpriram.

Acredito que quando há um motivo, somente um, para acabar um relacionamento é por que não há NENHUM para dar certo, mas insisti, por que os problemas só estavam começando.

Voltamos! Que alegria, que coisa boa! Incoscientemente, ainda vivia aquela vida perfeita de 2008, onde eu era bonita, magra, feliz, radiante e sempre tinha um sorriso ou uma palavra boa!
Já estávamos em 2010, e eu ainda me sentia presa a toda aquela situação que tinha acontecido com a mãe e pensava só nisso, e vivia só isso e respirava só isso.

Só exemplificando, a virada do ano de 2009 para 2010 fizemos uma ceia no quarto do hospital onde ela está, existe algo mais mórbido que isso? Impossível.
Mas estavamos cegos de tristeza e nada podia nos consolar.

Voltando, "recomecei" meu namoro, com o intuito de ser diferente, de ser aquela Ana de 2008, que eu e ele pensávamos ter resgatado com essa "volta". Porém, ambos estávamos errados, essa Ana aí, que eles tanto falam, ficou lá, no dia 12 de Janeiro de 2009, morreu! Essa sim morreu, a minha mãe não, mas eu sim! Morri pra mim mesma e me esqueci.

O pedaço de mim que sobreviveu, esqueceu do resto, ficou de luto, só pensava na morte daquela parte e se entristeceu.

A "volta" não durou mais que um mês, e nos separamos de novo, mas dessa vez, ambos estávamos certo do que queríamos e decidimos, pelo bem dos dois, que era hora de vivermos separados!

E eu achei que estava tudo bem, que eu estava pronta pra encarar tudo aquilo sozinha e levei.
Levei muito bem, por pelo menos os primeiros seis meses.

Decidimos que dessa vez, poderíamos tentar ser amigos! E funcionou, até por que era o que estava funcionando no nosso relacionamento, era isso, a amizade!
E a cultivamos até hoje. Afinal de contas, vivemos muito tempo juntos, tempo até, que muitos casais "maduros" não vivem.

Acredito que as coisas não acontecem por acaso, fiquei sozinha pra aprender a ser independente e me virar como der. Porém, isso me deixou mais impenetrável e cada mais fria.

Os dias foram passando e eu fui ficando cada vez mais independente!
Comprei meu carro, assumi a empresa que era da minha mãe, viajava sozinha, era dona do meu nariz.
Sendo que no fundo, sabia que eu queria que alguém cuidasse do meu nariz pra mim.

Não foi fácil acordar todos os dias, até hoje, e saber que ninguém te espera na cozinha, ninguém prepara um prato de arroz e feijão, ninguém ri nem sequer chora contigo.
E cada vez que isso acontecia, me protegia mais e mais. E acabei esquecendo de mim, novamente, mas equeci daquela Ana que sobrou, aquela que sobrou da que morreu em 2008, que ficou lá, estática, para numa dor que não tem fim.

E continuei buscando ela, busquei ela no espelo todas as vezes que via meu reflexo. E era engraçado, por que acabava enxergando uma pessoa tão estranha, que tentava sorrir pra mim e eu virava o rosto, não queria ver, não queria nem saber quem era aquela pessoa, estranha, que me olhava com carinho e só queria um pouco da minha atenção, nem quis saber, estava procurando a Ana de 2008, mas não achei.

E acabou mais um ano, e esse ano que foi sozinha, que eu achei que seria ótimo pois tudo que eu queria até então, era a solidão, pra sofrer sozinha, chorar sozinha e rir sozinha, se fosse o caso.
Mas 2010 acabou e eu nem vi passar, não vi passar por que não foi nada de mais, simplesmente passou e eu sobrevivi, mas uma coisa ainda me incucava, onde ela estava? Se escondeu de mim por mais um ano, não vou deixar ela fugir ano que vem, 2011 eu vou encontra-la.

Em pleno Reveillon de Copacaba, meio a lindos fogos de artifícios, cheguei a conclusão que iria esperar que essa Ana aí viesse me procurar se quisesse, que eu ia viver, ia deixar de SÓ sobreviver e ia viver, com todas as letras.

Depois de tantos pedidos de um ano NOVO de verdade, tive a plena certeza que este ano seria O ano.
E já começamos contribuindo para as estrelas do céu, Débora, professora do João e da Gio, se juntos as esferas brilhantes do céu e hoje cuida de todos nós.

Mas nem só de coisas ruins foi feito o início do ano que tanto prometeu. Com todo o ocorrido do ano anterior, achei que seria melhor trancar a faculdade (que depois de muito tempo, escolhi o Direito), pois estávamos sem grana, quando então a Gio foi chamada para estudar Psicologia na UFCSPA, e então pude "reativar" minha faculdade.

Correndo junto a tudo isso, a minha sensação de vazio e solidão aumentava a cada dia, não sei se nasci para ficar sozinha, mas não podia demonstrar isso pra ninguém, por que aí sim eu seria considerada fraca perante todos os outros.

Logo em seguida, consegui começar a trabalhar na área da minha faculdade e com muita dor no coração, tivemos que fechar a empresa Q.Sabor, que tantas risadas nos proporcionou e tanto din din também. Mas achei que seria a hora de cada uma buscar seu futuro e começar a construi-lo.

E cada vez mais fui dando meu grito de independência, aquele que toda mulher sonha em dar, porém, nem todos aceitam esse tipo de comportamento. Onde a mulher ganha, a mulher comanda e a mulher tem sua própria vida.

E foi então que mais uma estreja se juntou ao céu, escrevi tudo sobre isso no post Partidas e Despedidas.

Achei que nada mais pudesse dar errado neste ano, e cheguei a conclusão que deu:

Eu desamprendi a ser delicada, ingênua, meiga e tudo aquilo que é necessário para que os homens se "apaixonem" por ti, desaprendi, esqueci, me perdi.

Mas, um dia, ao olhar no espelho, aquele mesmo espelho que tinha uma menina me olhando, sorridente, esperando um olhar, eu resolvi prestar atenção nela e finalmente vi! Aquela menina era eu, eu no meu sentido mais puro de ser, despida de preconceitos e vontades, sem passado, presente ou futuro, simplesmente eu! Eu e mais ninguém. Transparente, ingênua e pura, pronta pra começar uma vida nova e ser nova de novo.

Não não, se vocês acham que eu encontrei aquela Ana que eu tava procurando? Não, essa é outra, é nova, é princesa ainda mas é novinha em folha, pronta pra começar do zero. Não vai conseguir esquecer o que já passou, mas vai conseguir seguir adiante, foi essa Ana que eu vi, uma Ana disposta a lutar a seguir em frente, mas também disposta a se entregar e receber, aprender coisas novas com pessoas novas, sempre sabendo que terá uma bagagem imensa junto com ela, mas sempre tirando a parte boa desta bagagem.

A Ana que eu vi, hoje tomou as rédeas da minha vida, e eu deixei. Deixei por que quis, por que vi no fundo dos olhos dela que era isso que ela queria, uma chace de ser Ana de novo, de ser meiga, de ser querida, de ser sorridente, de ser princesa, enfim, de ser Ana no seu modo mais simples de existir.

Não quero passado nem futuro, o AGORA me interessa, o HOJE, nem o amanhã é tão interessante. Ser intensa, ser imperfeita, ser de carne o osso - mais carne que osso, na verdade - ser delicada, mas sempre perder o bom humor.

E como diz o título: " A verdade que nunca foi dita", pode até virar um livro, quem sabe um dia!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Decepções

E quando a gente se decepciona cada vez mais com aqueles que achamos ser os únicos que não iriam nos decepcionar?
Acho que é pior, não?

Confiei, amei, chorei, me entreguei e então a máscara cai, mas foi depois, muito tempo depois, e mesmo assim doeu. Na hora não senti, mas depois, com a análise do caso, pude perceber que doeu bem mais agora.

Mas enfim, não somos mais e pelo que parece, não seremos nunca mais.