domingo, 15 de abril de 2012

A visão do outro ...

Desde quinta feira, eu acho, descobri um seriado novo que estará passando na Sony, na próxima quinta. O nome: Once Upon a Time, que pra quem gosta de contos de fadas, como eu, vai entender de cara o nome.

E o que estava levemente guardado dentro de mim, aquela minha insana idéia de manter a esperança de um Príncipe Encantado aparecer e me levar pra vivermos felizes pra sempre, voltou com tudo. E alguém percebeu, minha irmã percebeu e escreveu:

Era uma vez...

"Bom, tem essa guria. Digo guria por que além de gaúcha sou bairrista, daquelas que se pudesse andar vestida de prenda com uma flor no cabelo andaria, mas aí é outra história. Tem essa guria que eu conheço há bastante tempo, e que desde a primeira vez que vi ela – quando ambas ainda éramos crianças – notei algo de especial nela. Algo que eu não tinha. Que ninguém tem. E algumas pessoas só tem durante a infância, mas ela já passou das duas primeiras décadas de vida e, incrivelmente, consegue manter  como se fosse aquela rosa da Bela e a Fera.
Ela tem esse jeito de criança, essa alma de criança, esse olhar de criança – e quando digo olhar não me refiro aos olhos em si, mas na maneira como ela enxerga o mundo. Adoro, como boa amiga, rir dela quando essa criança dentro dela fala mais alto e resolve fazer manha, chorar com desenhos da Disney, querer comer pirulito e balinhas de gelatina. Mas no fundo eu gosto. E todo mundo gosta.
Só que é difícil sair da pose de adulto e dizer que no fundo também ainda é criança. De alguma maneira ela bate no peito, enfrenta todos e grita o quanto é bom ser assim.
Recentemente, ela enfrentou certas desilusões amorosas. Coloco no plural por que foi mais de uma vez, com mais de uma pessoa. Ela sempre se deixa levar, e se deixa entregar e vira uma poça d’água por todos os caras que passam na vida dela. Esse é um dos problemas do jeitão de criança que ela tem: a falta de maturidade pra enfrentar relacionamentos. Não digo que eu tenha essa maturidade, mas não acredito mais em príncipe encantado. Ela, bem no fundo do coração, acredita que ele existe e anda por aí matando tempo até achar ela e os dois se amarem profundamente.
Nunca quis dizer pra ela, mas de alguma maneira acredito que, pra ela, exista um príncipe encantado. Aquele cara que ainda vai aparecer na vida dela e sacudir o mundo dela, que vai gostar de cada centímetro do corpo dela, e vai rir dos desenhos, e admitir que adorava ficar rebobinando suas fitas vhs do Rei Leão quando era pequeno.
E ele não vai ser um Brad Pitt ou um Johnny Depp, mas vai ser encantadoramente diferente. E vai tratar ela bem, e vai fazer ela esquecer de todos os bobos da corte que passaram em sua vida.
E aí eles vão se encontrar, mas naqueles encontros cósmicos, em que a alma encontra o seu par e vivem felizes para sempre.
Por que ela merece ser feliz para sempre. Com direito a vestido de princesa e tudo."

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