segunda-feira, 9 de abril de 2012

Pode até demorar, mas a realidade sempre chega!

Ao assistir alguns vídeos antigos, da época da minha infância, lutei contra mim mesma mas coloquei aquele dvd, aquele que, talvez, eu não quisesse assistir, não agora pelo menos. Mas coloquei.

Formatura do 3º ano do Ensino Médio de 2006 do Colégio Marista São Pedro.

E um turbilhão de sensações percorreu o meu corpo e minha cabeça. Foi lá, naquele colégio que eu passei alguns dos melhores anos, com as melhores pessoas. Foi onde aprendi a ser adulta, a ser criança e de onde trago as melhores lembranças.

E então ME assisti. Vi alguém que não reconheço hoje, um sorriso de menina num corpo de uma mulher que nem sabia que era. Um olhar meigo e doce, e um sorriso que nem se fala. E por um momento me perdi em pensamentos e assim que voltei percebi: "MEU DEUS, SOU EU".

O meu eu, hoje, não reconheceu quem eu era há quase 6 anos. Bons anos, por sinal. Mas foi um choque, me assistir naquele momento, naquele estado, onde tudo em mim brilhava, mais que o sol, quem sabe.

Me perdi, e sei bem onde. Me perdi de mim mesma, e não fiz questão nenhuma de me achar, e hoje não é mais possível resgatar "aquela" menina que sorria nos piores momentos, que tinha alma de fada, cabelos de princesa e corpo de violão. Onde está?? Eu mesma repondo: em 2006.

Assim como toda a humanidade, eu também cresci, eu também amadureci, eu também mudei. Mudei pra melhor? Pra pior? Depende do ponto de vista.

Eu não me reconheço naquele vídeo, assim como, se naquela época me apresentassem a minha mesma, não acreditaria, nem mesmo reconheceria..
Meu rosto mudou, está sério, não tão sorridente, não tão brilhante, mais maduro, mais adulto - quem sabe - eu me sinto diferente, me sinto mais mulher, mais do que achei que já era. O corpo, esse principalmente, mudou mais que tudo, tem marcas, tem cicatrizes que a própria vida se encarregou de marcar.

Mas se querem saber, depois de muito negar a minha própria mudança, depois de muito lutar contra mim mesma, me vi com saudades naquele vídeo, mas quem vive aqui dentro de mim, hoje, é muito melhor do que aquela moça loira e esguia que eu vi. A versão atual pode não ser tão amiga da balança, pode não ter o cabelo tão sedoso e pode até ter perdido o príncipe encantando por aí, mas se me permitem: ela ama ela mesma.

Hoje posso afirmar, com convicção: ME AMO. Sem tirar nem pôr, com mais ou menos pessoas. Simplesmente cansei de lutar por aquilo que já passou, cansei de correr atrás de uma época de ouro, mas que passou. Entendi que posso ter quantas eras de ouro que quiser, basta transformá-las em tal.

Não vai adiantar lutar contra mim, eu, que sou minha melhor amiga, não posso me machucar. Nesse mundo aí já tem muita gente disposta a fazer isso.

Me amo, gorda ou magra, loira ou morena, de calça jeans ou de suplex, de sapatilha ou peep toe. Simplesmente me amo, às vezes, como todas as mulheres do planeta acordo me odiando . Mas preciso lutar JUNTO comigo, não contra mim. Nunca mais.

Se o mundo está apto a minha mudança? Não sei, e pra ser sincera, nem quero saber. Que se dane o mundo. Eu gosto de mim, agora está em todos os outros, gostarem ou não. A escolha é livre!

Fiquem com Deus, por que comigo, Ele está sempre.

Um comentário:

Antônio Cauduro disse...

O que está em nós, pra sempre fica!
Por mais que torcemos para que chova, por necessitarmos da água desta chuva, ainda assim, tenha a certeza minha filha, que acima destas nuvens "abençoadas" ainda existe radiante e majestoso o brilho do sol.
Assim somos nós, por vezes estamos nublados, chuvosos até, porém não temos o direito de nos esquecer de deixar brilhar o nosso sol, que certamente iluminará a vida nublada de alguém!!
Não esqueça que tens um sol maravilhoso e é só deixá-lo brilhar!!! Bj