quinta-feira, 8 de abril de 2010

Justiça


Andei pensando (só para variar), e achei que não seria justo usar meu blog para falar somente da minha mãe. Meu pai, que tem sido pai/mãe também merece um espaço por aqui, pois afinal de contas é ele que está cuidando de nós.
Antes de tudo isso acontecer, eu e meu pai tínhamos uma relação um tanto estranha, brigávamos direito e sem dó um do outro. Era péssimo, pois ficávamos dias e dias sem falar um com outro.
Porém, o mundo dá muitas voltas e hoje tenho ele como tudo na minha vida, meu exemplo, meu herói.
Meu pai me ensinou a ser gente, a crescer na vida, a ser quem eu sou. De fato, tudo que tenho hoje devo a ele. O Antonio Henrique de hoje, não é o mesmo que eu conheci em 1989, mas é muito melhor, muito mais pai. Nos mostrou que sabe muito, que é pai é amigo é companheiro.
Provou que faz tudo por nós, mesmo que tenha que passar por cima dele mesmo.
Meu pai confia tanto em mim que dorme enquanto eu dirijo e está muito confiante nisso. E apostou todas as fichas dele em mim, na minha carreira. E não é que ele acerta às vezes? Tá quase sempre! Tá tá, sempre! Ele está sempre certo do que ele diz, tem sempre um convicção na voz que dá uma segurança muito boa, que faz a gente sempre se sentir capaz, ele nos faz sempre acreditarmos em nós mesmos.
Meu pai é o profissional mais competente da área que ele trabalha, é tão gostoso ouvir as pessoas falarem bem dele. Se ele soubesse o quanto eu me orgulho dele, saberia que meu amor por ele às vezes ultrapassa o amor que sinto por qualquer outra pessoa, às vezes inclusive ultrapassa o amor que sinto pela minha mãe. E é verdade, meu pai é meu maior motivo de orgulho, desde sempre. Desde aquele vez, na 4° série do Ensino Fundamental, que a professora sugeriu que fizéssemos uma aula das profissões de nossos pais. E lá estava ele, o MEU pai, de terno e gravata, com a famosa pastinha dele explicando o que ele fazia no trabalho dele (depois ele deu uma caneta para cada um dos meus colegas), se alguém estivesse filmado a minha cara naquela hora, teriam visto o brilho reluzente que estava nos meus olhos, um orgulho que saltava longe, aquilo que muitos chamam de amor.
Já fiz muita coisa errada para ele, já briguei por muita coisa idiota, mas com tudo isso, estou aproveitando para cada oportunidade, cada desligar de telefone, dizer o quanto eu amo ele, o quanto ele ainda é meu herói, o quando ainda admiro ele, exatamente como admirava e me orgulhava dele naquele ano de 1999.
Após 11 anos, estívemos em uma ocasião que lá estava ele, expondo o trabalho dele, e de novo, meus olhos esbajavam orgulho e um amor incondicional.
Tudo que faço hoje, tudo que sou hoje, dedico exclusivamente a ele. Pois hoje, ele sendo pai/mãe cada dia me dá mais motivo de brilhar os olhos mais uma vez. Podendo passar novamente 11 anos, que o orgulho será o mesmo.
Quero deixar aqui meu agradecimento, mesmo que talvez ele não leia, agradeço por ele fazer de mim quem eu sou hoje. Cada dia me ensina algo novo e na maioria das vezes eu faço de conta que não escuto, mas estou ouvindo e entendendo tudo, até por que no fim: eu faço EXATAMENTE o que ele diz.
Muito, muito, muito obrigada por ter ido aquele dia no colégio, na 4° série e fazer cada ano da minha vida mais especial. Não é só minha mãe que merece homenagens, tu merece todo o meu amor.
Te amo e te digo isso todos os dias, para não perder nenhuma chance.

Um grande beijo,

Ana Luiza Cauduro

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